1 - Estética da face - O mais agressivo dos problemas.
A deformidade no rosto, se não resolvida, pode abalar toda a vida da criança e sua família. Em casos mais sérios o fissurado chega a viver escondido, isolado de qualquer contato social.
2- Fala - O paciente pode apresentar dificuldades na alimentação, ações na fala e voz hipernasal. ajustar tais fatores é de responsabilidade do fonoaudiólogo .
3 - Audição - Em função de diversos desarranjos das vias aéreas, há a possibilidade de perda auditiva. se o tratamento for realizado a tempo com a equipe de otorrinolaringologista, esse risco diminui consideravelmente.
4 - Articulação dentária - A falta do osso na maxila resulta numa irregularidade da posição dos dentes da arcada dentária. se o protocolo de intervenções de nossos dentistas e ortodontistas for seguido, o problema é reduzido ou totalmente eliminado.
Milhares de pessoas sofrem com os problemas causados pela fissura lábio-palatal e não somente as crianças. No Brasil, existem muitos adultos que sofrem com o drama da malformação dos lábios. Isto porque eles não sabem que este problema pode ser tratado.
Algumas regras e técnicas simples que serão explicadas a seguir:
O bebê portador de fissura tem problemas para alimentar-se, os mais comuns são:
- Maior cansaço devido a mais esforço para sugar;
- Tosse e engasgos quando o alimento "escapa" pelo nariz;
- Sucção dificultada pela diminuição da pressão intra oral;
- Tempo de mamada mais prolongada;
- Pouca estabilidade ao bico.
A A frequência desses problemas variará de acordo com o tipo de fissura, sendo mais comum no "céu-da-boca" (palato) do que nas de lábio.
Técnicas que auxiliam na amamentação:
- Não deixar o seio muito cheio de leite;
- Deixar o mamilo sempre bem macio (tire um pouco de leite com a mão se necessário;
- Variar bem as posições do bebê até adaptá-lo a um que favoreça sua sucção;
- Oferecer o seio sempre que o bebê quiser, sem fiscalizar horários ou tempo, e sempre que iniciar o aleitamento pelo seio que estiver com mais leite;
- Ajudar o início da mamada, espremendo um pouco o leite na boca do bebê até que ele "abocanhe" bem o mamilo;
- Amamentá-lo num local gostoso e tranquilo;
- A mãe deve tomar bastante líquidos e ter uma alimentação sadia e natural.
Técnicas que favorecem a alimentação da criança portadora de fissura:
- Verificar se a criança está limpa (trocá-la se necessário);
- Lavar as mãos;
- Fazer higiene da boca e do nariz com "cotonetes" molhados em água fervida, antes e depois da alimentação;
- Manter a criança em posição semi sentada, ao oferecer alimentos, para evitar que elas voltem pelo nariz;
- Fazer paradas durante a mamada para que a criança arrote;
- Não evitar o lado da fissura,ao contrário, estimular para exercitar a musculatura afetada;
- Após as mamadas, colocar a criança de lado para que não haja risco de sufocar;
- Ter tranquilidade, pois cada mamada pode durar de 20 a 30 minutos;
- Caso encontre problemas em amamentar o bebê ou ele esteja chorando mais que o normal, procure orientação do pediatra antes de tomar qualquer atitude;
- Na impossibilidade da criança sugar no seio, a alimentação poderá ser efetivada com a utilização de bicos ortodônticos para melhor posicionamento e estimulação dos músculos orofaciais, o que diminui sequelas.
Cuidados com a higiene:
Banhos - devem ser diários (lavando-se inclusive a cabeça), sempre no mesmo horário e com sabão neutro. O talco não deve ser usado.
Roupas - devem estar sempre limpas e passadas a ferro, não ser misturadas com as demais roupas da casa - a criança deve estar sempre vestida de acordo com o clima.
Mamadeiras, bicos, roscas, protetores e válvulas devem ser lavados com escovinhas apropriadas e fervidos por 20 minutos.
Se você tem alguma dúvida, entre em contato com o CAIF
* Fonte: Dra. Vanna Honda. http://www.saude.pr.gov.br/caif/
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