Existem 4 grupos para o problema de fissurados, todos de fácil identificação:
Estética da face - É o mais agressivo dos problemas. A deformidade no rosto, se não resolvida, pode abalar toda a vida da criança e sua família. Em casos mais sérios o fissurado chega a viver escondido, isolado de qualquer contato social.
Fala - O paciente pode apresentar dificuldades na alimentação, ações na fala e voz hipernasal; ajustar tais fatores é de responsabilidade do fonoaudiólogo.
Audição - Em função de diversos desarranjos das vias aéreas, há a possibilidade de perda auditiva; se o tratamento for realizado a tempo com a equipe de otorrinolaringologia, esse risco diminui consideravelmente.
Articulação dentária - A falta do osso na maxila resulta numa irregularidade da posição dos dentes da arcada dentária. Se o protocolo de intervenções de Cirurgiões-dentistas e ortodontistas for seguido, o problema é reduzido ou totalmente eliminado. Milhares de pessoas sofrem com os problemas causados pela fissura labiopalatina, e não somente as crianças.
No Brasil, existem muitos adultos que sofrem com o drama da malformação dos lábios. Isto porque eles não sabem que este problema pode ser tratado.
Algumas regras e técnicas simples serão explicadas a seguir:
O bebê portador de fissura tem problemas para alimentar-se, os mais comuns são:
• Maior cansaço devido a mais esforço para sugar;
• Tosse e engasgos quando o alimento "escapa" pelo nariz;
• Sucção dificultada pela diminuição da pressão intra oral;
• Tempo de mamada mais prolongada;
• Pouca estabilidade ao bico.
A frequência destes problemas variará de acordo com o tipo de fissura sendo mais comum no "céu-da-boca" (palato) do que nas de lábio.
Técnicas que auxiliam na amamentação:
• Não deixar o seio muito cheio de leite;
• Deixar o mamilo sempre bem macio (tire um pouco de leite com a mão se necessário);
• Variar bem as posições do bebê até adaptá-lo a um que favoreça sua sucção;
• Oferecer o seio sempre que o bebê quiser, sem fiscalizar horários ou tempo, e sempre que iniciar o aleitamento pelo seio que estiver com mais leite;
• Ajudar o início da mamada, espremendo um pouco o leite na boca do bebê até que ele "abocanhe" bem o mamilo;
• Amamentá-lo num local gostoso e tranquilo;
• A mãe deve tomar bastante líquidos e ter uma alimentação sadia e natural.
Técnicas que favorecem a alimentação da criança portadora de fissura:
• Verificar se a criança está limpa (trocá-la se necessário);
• Lavar bem as mãos;
• Fazer higiene da boca e do nariz com cotonetes molhados em água fervida, antes e depois da alimentação;
• Manter a criança em posição semi sentada, ao oferecer alimentos, para evitar que elas voltem pelo nariz;
• Fazer paradas durante a mamada para que a criança arrote;
• Não evitar o lado da fissura, ao contrário, estimulá-lo para exercitar a musculatura afetada;
• Após as mamadas, colocar a criança de lado para que não haja risco de sufocar;
• Ter tranquilidade, pois cada mamada pode durar de 20 a 30 minutos;
• Caso encontre problemas em amamentar o bebê ou ele esteja chorando mais que o normal, procure orientação do pediatra antes de tomar qualquer atitude;
• Na impossibilidade de a criança sugar no seio, a alimentação poderá ser efetivada com a utilização de bicos ortodônticos para melhor posicionamento e estimulação dos músculos orofaciais, o que diminui sequelas.
Cuidados com a higiene:
Banhos - Devem ser diários (lavando-se inclusive a cabeça), sempre no mesmo horário e com sabão neutro. O talco não deve ser usado.
Roupas - Devem estar sempre limpas e passadas a ferro; não misturar com as demais roupas da casa; a criança deve estar sempre vestida de acordo com o clima.
Mamadeiras, bicos, roscas, protetores e válvulas devem ser lavados com escovinhas apropriadas e fervidos por 20 minutos.
Se você ainda tem alguma dúvida, entre em contato com o CAIF
Fonte: http://www.saude.pr.gov.br/caif/ - Dra. Vanna Honda.
Este espaço foi criado para informar sobre as atividades da Associação Brasileira de Fissuras Palatinas, bem como informações genéricas sobre as anomalias craniofaciais, com especial destaque para as fissuras labiopalatinas. Sede - Rua Presbítero Porfírio Gomes da Silva, 1757 - Bloco B/101 - Capim Macio - Natal/RN - 59.082-420 - Presidência: 84 -3219.6007 - 98808.3545 (OI-Whatsapp) - abfprn2@gmail.com - rubensbazevedo@gmail.com