Passar por um transplante é tarefa para leão, ainda mais num País onde a fila não anda.... Imagine se submeter a dois transplantes...
Esta é a história da jornalista Larissa Jansen, atualmente servidora pública da Justiça Federal no Distrito Federal, narrada por meio da autobiografia “Diário de um transplante ósseo – na real, dois”.
Lalá, como é conhecida pelos amigos, é portadora de artrite idiopática juvenil, um tipo de reumatismo que acomete crianças de zero a 16 anos e que é remissível na grande maioria das vezes. Mas, como Lalá gosta de brincar, nada nela é convencional, então, há 25 anos luta contra a doença degenerativa do aparelho músculo-esquelético (Lalá tem 33 anos, mas sofre com a artrite desde os 07 anos de vida). Esse tipo de artrite, quando não remissível, incapacita a grande maioria dos portadores da doença. Mas Lalá trabalha desde os 16 anos até hoje.
Por se tratar de um caso atípico, a criança Larissa foi até os Estados Unidos em busca de tratamento e melhorias para sua qualidade de vida, tratamento patrocinado por seus pais, familiares e amigos. Aos 16 anos de idade, realizou sua 1ª prótese total de quadril, lá, pois uma das sequelas da artrite é “estragar” as articulações e, nos casos mais graves, a saída é a reconstrução articular.
Aos 16 anos, Lalá não mais subia escadas, tinha parado de crescer em razão da doença e do antinflamatório hormonal, e sentar-se estava cada vez mais doloroso uma vez que o quadril estava anquilosado – ou seja, a articulação estava “grudada”.
Mas, aos 22 anos de idade, Lalá começou a sentir fortes dores nos quadris.... Já se tratava no Brasil, e então levou QUATRO ANOS para encontrar o hospital que considerava ideal. Fincou pé no tratamento ao conhecer o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO). Mas aí, descobriu que sua vida mudaria radicalmente, por meio do TRANSPLANTE DE OSSOS...
Ela topou o desafio. Encarou um ano de espera na fila do transplante, apesar da gravidade do caso tê-la colocado entre as primeiras a serem contempladas pela doação. Mas naquele ano, só conseguiram 02 doações...
Os prognósticos: apenas ACABAR COM AS DORES. Sem expectativa de voltar a andar... Dançar, subir escadas, abandonar a cadeira de rodas e as muletas que a acompanhavam há 05 anos???
A “pollyana” brasileira decidiu lutar com todas as forças e hoje, não só anda, dirige, como está na fila da adoção – em função dos 14 parafusos que tem nos quadris, sendo alguns fora da pelve, ela optou pela adoção, e não por uma gravidez. Abandonou as muletas e a cadeira de rodas. E a cada dia conquista novos movimentos, com o que considera “um milagre da medicina”.
Como prometera a si mesma, se sobrevivesse utilizaria sua profissão de jornalista para auxiliar na divulgação da doação de ossos, muito pouco – para não dizer quase nada – difundida no Brasil.
Lançou o livro “Diário de um transplante ósseo – na real, dois”, em dezembro de 2007, durante a IV Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência. Durante um ano e meio distribuiu 5.000 exemplares, GRATUITAMENTE, e conquistou o espaço da mídia com reportagens no Bom dia Brasil, Jornal Estado de São Paulo, revista Seleções, Empresa Brasil de Comunicação, entre outros veículos.
Desde o ano passado, o Diário de um transplante ósseo – na real, dois, pode ser adquirido pelo site http://www.ensinamentoeditora.com.br/, bem como pela Livraria Cultura (http://www.livrariacultura.com.br/).
Nos dias 26 e 27 de agosto deste ano de 2010, a autora estará na Livraria Siciliano, em Natal, para tirar dúvidas de quem desejar comparecer por lá, e para autografar os exemplares. Larissa estará acompanhada do médico reumatologista, Dr. Sérgio Kowalski, que fará solo de clarinete, atestando o que Lalá diz: somos todos iguais, com as nossas diferenças.
Médicos, pacientes, amigos, CIDADÃOS, estão todos convidados!
Para mais informações sobre o tema, a jornalista lançou, em março de 2009, o blog http://www.transplanteosseo.wordpress.com/, sempre abastecido com notícias sobre o tema. O e-mail para contato é lalajansen@yahoo.com.br.
COMO DOAR - O Brasil conta com 06 bancos de ossos, que têm capacidade de abastecer a demanda do País. Todavia, o único que não cobra qualquer taxa é referência do Ministério da Saúde, localizado no Rio de Janeiro, e denominado Banco de Ossos e Tecidos do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia.
Para doar os ossos, em caso de morte de um parente, informe à Central de Transplantes de seu Estado. Caso more no interior, e não na Capital, informe à Secretaria de Saúde do Município para que contatem o hospital capacitado para a retirada dos ossos.
Haverá uma pesquisa sobre a vida do doador, por meio dos familiares. A autorização PRECISA SER DADA PELA FAMÍLIA, não basta documento atestando, em vida, o desejo de doar órgãos e tecidos.
Retirados os ossos, serão “quarentenados” em refrigeradores de alta potência, sob responsabilidade dos bancos de ossos, e o material passará por exames de cultura, entre outros, a fim de reduzir ao máximo a contaminação para o paciente a ser transplantado.
QUEM RECEBE - Não é preciso compatibilidade para esse tipo de transplante, uma vez que os tecidos têm praticamente a mesma formação em qualquer humano.
O paciente transplantado também não precisa tomar imunossupressores, mas passa por exames de cultura de bactérias, a fim de tratar possíveis infecções que venham a ocorrer.
Durante ao menos 03 meses, o transplantado NÃO PODE por carga no membro transplantado.
Mais informações em www.into.saude.gov.br
Este espaço foi criado para informar sobre as atividades da Associação Brasileira de Fissuras Palatinas, bem como informações genéricas sobre as anomalias craniofaciais, com especial destaque para as fissuras labiopalatinas. Sede - Rua Presbítero Porfírio Gomes da Silva, 1757 - Bloco B/101 - Capim Macio - Natal/RN - 59.082-420 - Presidência: 84 -3219.6007 - 98808.3545 (OI-Whatsapp) - abfprn2@gmail.com - rubensbazevedo@gmail.com
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