REALIDADE POTIGUAR (*)
Com o fechamento do setor de atendimento a 
pacientes fissurados do
Hospital Universitário Onofre 
Lopes, por ideia de uma mente brilhante da 
Universidade Federal
do Rio Grande do Norte, as 
crianças e adultos nascidos com fissura no 
lábio e/ou no palato ficaram sem atendimento de um 
dia para o outro. 
Abnegados profissionais e amigos dos fissurados 
lutam - há 10 anos - pela criação de uma unidade de 
referência para atendimento
a esses pacientes. 
Na sexta-feira, 15.01.16, no Conselho
Regional de 
Odontologia do RN (CRO-RN), com apoio do 
presidente Gláucio de
Morais e Silva, foi dado mais  
um importante passo para a criação da Associação 
de Pais e Amigos dos Fissurados do RN (APAFIS-RN).
Dr. Rubens Azevedo, Cirurgião Dentista,
Presidente 
da Associação Brasileira de Fissuras Palatinas do RN; 
Siderley
Jatobá, que nasceu com fissura no lábio, fez 
as cirurgias no Centrinho de
Bauru, e vem apoiando 
as pessoas que apresentam essa anomalia; Edivan 
Silva, Palestrante
Motivacional, pai de um menino de 
03 meses que nasceu com esse problema; 
Emmanoel Iohanan, Apoiador da causa; Matias 
Verzutti, Assistente Social;
Roberto Cardoso, 
Jornalista, estiveram reunidos com o presidente do 
CRO-RN para
pedir apoio para a criação da 
APAFIS/RN.
Gláucio Morais deu total apoio a essa
instituição a 
ser criada, além de oferecer a sede da autarquia 
para as reuniões
e eventos diversos, visando 
sensibilizar prefeitos e o governo do Estado para
os 
problemas enfrentados pelas famílias do fissurados.
"Em novembro, estive em Joinville/SC e conheci
o 
funcionamento do Centrinho Prefeito Luís Gomes, 
que já completou 25
anos de excelente atendimento 
a fissurados de todo o Estado de Santa Catarina".
(*) Baseado em texto do Jornalista Paulo
Francisco - 
Assessor de Imprensa do CRO-RN.
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Na realidade, muitas ações foram desenvolvidas 
nesta década, porém, todas infrutíferas!
A ideia da criação da APAFIS/RN é baseada em 
outras congêneres que funcionam muito bem em 
várias Capitais do País, como é o caso de 
Maringá/PR, visitada em dezembro pela ABFP/RN; 
Curitiba/PR e tantas outras...
O ótimo atendimento só é possível porque seus 
administradores usam vários segmentos 
comunitários, tais como Clubes de Serviço (Lions e 
Rotary), Lojas Maçônicas etc., com eventual apoio 
dos respectivos Prefeitos, tornando viável o trabalho 
de reabilitação total dessas crianças.
É preciso que se diga que isso não é tão simples 
como a maioria das pessoas imagina...
A total reabilitação dura, em média, 18 anos, desde o
nascimento, mas dá total condição para essas 
pessoas serem inseridas socialmente e no mercado 
de trabalho em igualdade de condições.
A incidência de casos de fissuras é quase o dobro do 
que ocorre, por exemplo, na Síndrome de Down: 
Em cada 650 nascimentos, há 1 caso de Fissura ou 
Fenda Labial e/ou Palatina, enquanto nessa 
Síndrome, há cerca de 1 caso para 1.000 (mil) 
nascidos vivos.
É assustador constatar que as autoridades máximas 
- municipais e estaduais - não se sensibilizem para 
essa causa, embora, haja uma sentença judicial aqui,
obrigando-as a criar um Centro de Atendimento 
multi e inter profissional, num só local, como 
preconiza a Organização Mundial de Saúde. 
No Rio Grande do Norte há maior incidência dessa
anomalia crânio-facial em comparação com outras 
regiões do País, mas não há, minimamente, 
condições desse atendimento.
Está passando da hora para a união de TODOS, 
profissionais da área de saúde ou não, no sentido
de trabalhar para que esse Centro de Atendimento se
torne realidade e essas pessoas sejam beneficiadas 
com o direito constitucional a que fazem jus.
Em Natal/RN, há um local apropriado para a 
implantação do tão desejado Centro, que é o Centro 
de Reabilitação Infantil - antigo CRI, hoje CER, 
localizado no final da Av. Alexandrino de Alencar.
Lá estão lotados todos os profissionais que, 
integrados, poderão desenvolver um belo trabalho.
Como é um órgão estadual, precisará de apoio total 
do Governador Robinson Faria, que será procurado 
para esse pedido.
Outro grande problema a ser enfrentado diz respeito 
à carência de Centros Cirúrgicos nos vários hospitais 
da região, que já estão saturados com outras 
cirurgias.
Tomara que tudo seja resolvido e o Estado não fique 
mais nessa situação de abandono total dessas 
crianças.
Também o Prefeito Carlos Eduardo será procurado 
pela Associação para dar o necessário apoio.
Que Deus nos ajude! 
 
 
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